25.2.10
Crises
O mundo atravessa uma recessão como não há praticamente memória, em Portugal as taxas de desemprego atingem máximos nunca vistos e o défice orçamental está quase nos dois digitos. Economias bem mais sólidas do que a nossa, como a americana ou a inglesa estremecem, e com elas as suas organizações culturais. E estremecem, não porque vêem as subvenções estatais reduzidas, mas porque perdem fontes de rendimento, perdem financiamento privado, mecenático e patrocínios, e porque as bilheteiras e as suas lojas têm menos procura. País feliz, o nosso, que não tem que se preocupar com essas minudicências. O Estado dá ou não dá. Tudo o resto não conta e isso permite-nos atravessar tranquilamente uma crise como a que presenciamos, uma crise que é uma oportunidade quase irrepetível de reavaliar os modelos de governação das nossas organizações culturais, e com estes formas alternativas de financiamento, de auto-responsabilização, de emancipação ou de oferecer algo às comunidades em que se inserem.
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